Alunas participaram de vivência internacional em Santo Domingo, na República Dominicana, após quatro módulos de aulas oferecidos pela Confederação
Nelson Ayres (Fato&Ação Comunicação) – Assessoria de Imprensa CBLP
A primeira turma do Programa de Formação de Treinadoras da CBLP encerrou suas atividades no final da última semana. Em Santo Domingo, na República Dominicana, as alunas puderam realizar uma vivência internacional no Campeonato Centro-Americano e do Caribe, após mais de um ano de aulas e muito conhecimento adquirido.
A CBLP foi a primeira Confederação a elaborar e ofertar um curso exclusivamente para mulheres treinadoras, com apoio do Comitê Olímpico do Brasil (COB). Foram quatro módulos online e uma aula presencial no CT do Time Brasil, no Rio de Janeiro, além da vivência internacional. “O curso foi construído pra trabalhar tanto conhecimento quanto competências da área de levantamento de pesos. Tivemos uma carga horária mais estendida, completando um ano e dois meses”, explica a professora Alessandra Cavalieri, coordenadora do Programa.
Um dos objetivos era aprimorar o conhecimento das técnicas que já trabalham com a modalidade em competições nacionais. “Existe um critério seletivo de quem vai participar. A pessoa tem que estar engajada no levantamento de pesos. Precisa ter um foco na modalidade esportiva e não apenas como curiosidade. A gente está pensando numa profissão, numa categoria profissional”, explica a professora.
Entre as integrantes, duas ex-atletas da Seleção – Aline Campeiro e Jaqueline Ferreira. Elaine Mattos, Jéssica Salvador, Manuela Sousa e Pâmela Teixeira foram as outras alunas desta primeira turma.
“Um dos grandes objetivos é ampliar a participação feminina nesse quadro de profissionais. Existe, sim, em todas as modalidades, uma distância grande entre mulheres e homens nesse espaço. Então, também existe a necessidade de equidade de gênero, de a gente promover e fomentar essa participação. A gente vê isso no levantamento de peso, existe uma curva crescente de participação, mas ainda é muito ínfimo quanto comparado com os homens”, ressalta Alessandra Cavalieri.
Presença na preparação das atletas
Jaqueline Ferreira disputou três edições de Jogos Olímpicos na carreira, em 2012, 2016 e 2021. E, embora o número de atletas mulheres já supere o de homens em algumas competições da modalidade – no último Brasileiro Sub-20 e Sub-17, por exemplo –, na contagem de treinadoras presentes a diferença ainda é grande. Ela acredita que a iniciativa da CBLP será importante para equilibrar este número.
“Com essa iniciativa da Confederação, acho que vai aumentar o número de treinadoras. O número de atletas de gênero feminino aumenta a cada dia nesse esporte, então é importante ter a participação de treinadoras também”, disse a ex-atleta, acompanhada na análise por Elaine Mattos: “Era um curso que nós mulheres já estávamos precisando há muito tempo! E a gente não tinha quem pudesse olhar por nós, treinadoras femininas. Isso foi um grande incentivo da CBLP”.
Jéssica Salvador, por sua vez, ressaltou a importância da troca de conhecimentos nas aulas. “Foi de grande valia, principalmente o networking com outras treinadoras do âmbito nacional. Uma troca bem legal, buscando um maior crescimento de cada uma profissionalmente”. Pâmela Teixeira falou da importância para futuras gerações de treinadoras. “Vale também para as meninas que estão vindo no futuro“. Manuela Sousa acredita que a iniciativa será benéfica para todas as modalidades: “É importante esta iniciativa, pois agrega ao esporte”.
Por fim, Aline Campeiro acredita que o Programa terá muito mais importância do que apenas formar mulheres treinadoras. “Acho que o curso vai além de capacitar. Ele constrói novas narrativas. Coloca a mulher em uma posição de liderança. Mostra que a gente é capaz. Acho que foi muito importante para nós mulheres. Permite que mais mulheres acreditem nisso e invistam em serem treinadoras de levantamento de pesos”.
FATO&AÇÃO COMUNICAÇÃO
Assessoria de Imprensa da Confederação Brasileira de Levantamento de Pesos (CBLP)
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