Carioca estabeleceu também os novos recordes nacionais do arranco nas categorias adulto e sub-20; no arremesso, sentiu a virilha após a segunda tentativa
Nelson Ayres (Fato&Ação) – Assessoria de Imprensa CBLP
Taiane Justino voltou a brilhar internacionalmente. A carioca, que vem conquistando medalhas importantes a nível mundial desde 2021, voltou a subir ao pódio da categoria para atletas acima de 87kg no Campeonato Mundial Sub-20 de Levantamento de Pesos, nesta sexta-feira (27), em León, na Espanha. Ela estabeleceu as marcas de 110kg no arranco, 141kg no arremesso e 251kg no total, ficando com a prata no arranco e bronzes no arremesso e total.
Ela ainda bateu dois recordes brasileiros, pertencentes a ela e obtidos na última Copa do Mundo Adulta, na Tailândia. Os 110kg levantados no arranco são as melhores marcas de uma atleta do país nesta faixa de peso, nas categorias adulto e sub-20. Esta foi a última participação da pesista nesta faixa etária, tendo conquistado medalha também no Mundial Sub-17, em 2021.
Taiane começou a prova bastante segura. Iniciou com 105kg, uma carga abaixo do seu próprio recorde, cumprindo bem. Na segunda, foi buscar o recorde nacional, marca que lhe colocaria na briga pela prata e, talvez, pelo título. Também executou com tranquilidade e buscou mais, com 112kg. Executou novamente, com os árbitros entendendo, por maioria, se tratar de movimento válido. Mas o júri entendeu de outra forma e anulou a decisão.
“Graças a Deus ela rompeu esse bloqueio que ela tinha no arranco. Foi sensacional, porque a gente não conseguia passar desses 110kg, nem 110kg conseguia fazer. Há mais de um ano que conseguia fazer no treino, mas na competição ela não conseguia encaixar. Foi uma superação fantástica desta menina. Os 112kg, ela nunca arrancou. Uma pena que os jurados invalidaram. Era algo que poderia passar, mas enfim, são coisas de competição”, analisou o técnico Dragos Stanica.
A prova do arranco foi vencida pela cubana Marifelix Ruiz, com 115kg levantados. A colombiana Yairan Rivas ficou com o bronze, levantando os mesmos 110kg de Taiane, mas fazendo a sua tentativa correta após a brasileira.
No arremesso, seu movimento preferido, Taiane também iniciou com carga alta, para brigar por mais uma prata. Levantou 136kg sem muitos problemas. Porém, na segunda tentativa sofreu para estabilizar a barra com 141kg e sentiu uma dor na virilha ao final, o que a impediu de realizar a terceira ida à plataforma. A cubana voltou a conquistar o ouro neste exercício, com 155kg, seguida pela canadense Etta Love, com 146kg. Elas também ficaram com ouro e prata no total, com 270kg e 254kg, respectivamente.
“Estou muito triste por não ter entrado na terceira tentativa, mas contente pelas medalhas. Queria ter feito mais, queria ter entrado na minha terceira. Ano que vem, focos nos treinos. E com certeza nos resultados. Ano que vem é o primeiro ano adulto e vamos para a briga”, disse Taiane, ainda sentindo dores após a prova.
“No arremesso, a Taiane começou muito bem, tranquila, e, infelizmente, machucou a virilha na segunda tentativa. Por isso, eu preferi que ela não continuasse, para não agravar e nem forçar mais do que devia. Mas, naqueles 141kg, ela fez uma força tremenda! Com aquela dor absurda, conseguiu segurar a barra. Ela é sensacional, sinceramente, ela é sensacional”, declarou o técnico, mostrando profunda admiração pela atleta.
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Assessoria de Imprensa da Confederação Brasileira de Levantamento de Pesos (CBLP)
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