Brasileira superou adversária dominicana e entrou no grupo das dez primeiras do ranking olímpico, assegurando a vaga em Paris
Nelson Ayres (Fato&Ação) – Assessoria de Imprensa CBLP
Laura Amaro vai disputar os Jogos Olímpicos Paris 2024. O passaporte foi carimbado nas primeiras horas da manhã desta terça-feira (9), após o final da sua participação na prova da categoria até 81kg feminino da Copa do Mundo de Phuket, na Tailândia, em que a brasileira somou 253kg – 112kg no arranco e 141kg no arremesso –, entrando no grupo das dez primeiras do ranking olímpico.
O desafio era chegar exatamente a esta marca, 253kg, suficientes para superar a dominicana Yudelina Peguero e a norte-americana Martha Rogers, ambas com 252kg somados na corrida olímpica. Atrás de Laura, a principal adversária era a venezuelana Dayana León, com 244kg. Até hoje, o melhor resultado da brasileira era 247kg.
A dominicana optou por competir no grupo B, mais cedo, com pesos de entrada menores e sem a pressão das trocas de peso com suas adversárias diretas. Mas não fez uma boa participação, levantando 111kg no arranco e 133kg no arremesso, totalizando 244kg. Restava para Laura fazer sua parte e torcer para a venezuelana não a superar na disputa.
A participação de Laura Amaro no arranco mostrou o quanto a brasileira estava preparada e determinada a conquistar a vaga. Muito segura na plataforma, iniciou com 107kg no arranco, com sucesso. Na sequência, igualou o peso levantado nos Jogos Pan-Americanos, 110kg. E, fechando a participação no primeiro exercício, igualou seu próprio recorde nacional, conquistado no último Campeonato Brasileiro Adulto, em Sete Lagoas MG, com 112kg.
O resultado a mantinha na briga pela nona e décima colocações do ranking. Mas Laura deu um grande susto. Precisando fazer 141kg, entrou com 133kg no arranco e errou a primeira tentativa. A venezuelana, por sua vez, não foi bem no arranco – sete quilos abaixo de Laura –, mas conseguiu 135kg na primeira tentativa do arremesso.
Foi o único momento tenso da prova. Depois, tudo deu certo. Na segunda tentativa, Laura marcou 137kg. E partiu para os 141kg – recorde nacional – que lhe daria a vaga olímpica. Conseguiu, brilhantemente, não restando dúvidas sobre a sua participação na elite da modalidade. E a venezuelana errou suas duas últimas tentativas na plataforma.
“Estou muito feliz! Agora a gente tem a vaga na mão, classificando diretamente no Top 10. Sabia que eu tinha esse resultado para dar. Que bom que eu consegui colocar na plataforma. Estamos na Olimpíada, Brasil”, comemorou a atleta, ao lado da comissão técnica da Seleção.
Técnico da Seleção Brasileira, Dragos Stanica fez questão de ressaltar o trabalho realizado durante o mês de março, na Romênia: “Foi fruto de um trabalho muito bem feito, realmente profissional. Fizemos um Training Camp maravilhoso, com um dos melhores times do mundo, no mais alto nível, atingindo o nível necessário para a alta performance, refletindo nos resultados e na forma como ela competiu”.
A prova foi vencida pela equatoriana Angie Dajomes, que levantou 269kg. A chinesa Wang Zhouyu ficou com a prata (267kg) e a australiana Eileen Cikamatana conquistou o bronze, com 263kg. Laura terminou em oitavo lugar.
A outra brasileira na corrida olímpica, Amanda Schott, da categoria até 71kg feminino, não competiu em Phuket, por conta de uma lesão. Com isso, ficou fora do Top 10 do ranking e dependerá das escolhas dos outros países para herdar uma vaga. Cada país só pode levar três atletas em cada gênero, um por faixa de peso. Esse definição ocorrerá nos próximos dias. Taiane Justino fecha a participação brasileira em Phuket, nesta quarta, às 3h30, na categoria acima de 87kg feminino. Ela não briga por vaga nos Jogos de Paris.
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