Campeonato Pan-Americano: em Caracas, Laura Amaro fatura três bronzes e cola nas dez melhores do ranking mundial

Brasileira melhora em um quilo sua marca e entra definitivamente na briga pela vaga olímpica direta; Amanda Schott sente, tem sua prova prejudicada por lesão mas fatura um bronze

Laura Amaro está cada vez mais perto da vaga olímpica – Foto de Arquivo: Marina Ziehe/COB

 

Henrique Porto (Fato&Ação) – Assessoria de Imprensa CBLP

Um quilo pode parecer pouco, mas para Laura Amaro essa medida significou muito. Nesta terça-feira (28), em Caracas, a pesista brasileira entrou definitivamente na briga pela vaga olímpica direta da categoria até 81kg feminino. Mais do que as três medalhas de bronze obtidas no Campeonato Pan-Americano, os 243kg totais a igualam na décima colocação do ranking mundial com a venezuelana Dayana Leon e a mongol Ankhtsetseg Munkhjantsan.

Com a marca alcançada no Complexo Esportivo José Joaquim Papá Carrillo, a definição sobre quem avança aos Jogos de Paris 2024 fica definitivamente adiada para a Copa do Mundo de Phuket, agendada para o final de março. A competição na Tailândia fecha o ciclo de torneios que contam pontos para o ranking olímpico.

Primeiras tentativas definem as medalhas

Laura começou bem a prova do arranco. Sua carga de entrada era 105kg, mas começou a competir com 108kg, alçados sem maiores dificuldades. Com esta marca, melhorou em 1kg sua carga no ranking olímpico. Depois, foi atrás de recordes. Sua segunda tentativa foi para 112kg, para igualar o recorde nacional. Não teve sucesso e manteve a carga na terceira tentativa, novamente infrutífera.

O ouro na prova foi para a impressionante Neisi Dajomes, do Equador, com 121kg e um novo recorde pan-americano. Com 109kg, a mexicana Lizbeth Hernandez foi prata. Laura levou o bronze com a mesma marca de Yudelina Pegueiro, da República Dominicana, porém obtida em menos tentativas.

No arremesso, sua carga de entrada era de 130kg. Começou com 133kg, alçados com tranquilidade. Depois, aumentou a carga para 135kg, o que igualaria sua atual marca na prova no ranking olímpico. Lutou bastante com a barra e com as anilhas, superando a carga com muita raça. Por fim, ousou 137kg, mas ficou pelo caminho.

O ouro na prova foi para Neisi Dajomes, do Equador, com 141kg, desta vez sem quebra de recorde. Com 109kg, Yudelina Pegueiro, da República Dominicana, foi prata, com 136kg. Laura levou o bronze. Pódio que se repetiu nas cargas totais, respectivamente para 262kg, 244kg e 243kg.

Amanda sente lesão e não melhora marcas

No arranco, Amanda Schott tinha 100kg como carga de entrada. Começou com 102kg, alçados sem maiores dificuldades. Na segunda tentativa, aumentou a carga para 105kg, novamente não tendo problemas para alçar barras e anilhas. Seu terceiro intento foi para 108kg, marca que igualaria seu próprio recorde brasileiro. Porém, não teve sucesso.

A medalha de ouro na prova foi para a equatoriana Angie Palacios, com 110kg. A prata foi para a cubana Yenlusca Feria, com 107kg. A atleta da América Central está empatada com a brasileira no ranking mundial e, consequentemente, na corrida olímpica. Amanda terminou a prova com a medalha de bronze.

No arremesso, a pesista brasileira tinha como carga de entrada 125kg. Precisando recuperar os dois quilos a mais que a cubana garantiu na primeira prova, subiu a pedida para 127kg. Acabou sentindo a perna esquerda na transição entre as duas etapas do movimento e não consegui concluir a tentativa.

Depois, subiu a carga para 129kg, mas voltou a ter problemas na transição de movimentos. Como a cubana Yenlusca havia se retirado na prova, a brasileira seguiu o mesmo caminho, evitando uma lesão mais grave, deixando a definição da vaga olímpica para a Copa do Mundo.

Marco Túlio fecha a participação brasileira

Fechando a participação brasileira em Caracas, Marco Túlio Gregório compete pela categoria até 96kg masculino. Sua prova ocorre nesta quarta-feira, dia 28, com início às 11h (de Brasília). Terá carga inicial de 350kg totais.

Gregório não briga por vaga em Paris, mas costuma ter ótimo desempenho em Campeonatos Pan-Americanos. Vem de um ouro e duas pratas no último Pan, realizado em Bariloche, na Argentina.

A prova será transmitida na íntegra e gratuitamente pelo canal do Comitê Olímpico do Brasil no YouTube, através do link https://www.youtube.com/@TimeBrasil

Entenda a corrida olímpica

No total serão 120 atletas competindo em 10 categorias em Paris, sendo cinco faixas de peso no feminino e cinco no masculino. A título de comparação, são quatro categorias a menos do que em relação a Tóquio 2020.

Como país sede, a França tem quatro vagas garantidas (duas para os homens e duas para as mulheres), restando então 116 vagas em aberto. Destas, dez vagas são reservadas para serem distribuídas entre os continentes, além de seis vagas de universalidade que serão definidas por uma Comissão Tripartite em 2024.

As cem vagas remanescentes serão ocupadas pelos dez melhores atletas do ranking mundial de cada categoria. Porém, cada Comitê Olímpico Nacional está habilitado a classificar apenas um atleta por categoria de peso e três por gênero, isso entre todas as categorias de peso.

Como exemplo, caso um país tenha dois atletas colocados entre as dez melhores do ranking em uma determinada faixa de peso, terá que optar por levar apenas um deles aos Jogos de Paris 2024. O país também terá que optar por qual representante levar aos Jogos Olímpicos se tiver pesistas ranqueados entre as dez melhores em mais de três faixas de peso.

Por isso que a colocação no ranking serve como referência, mas apenas depois da Copa do Mundo o cenário da classificação olímpica ficará claro.

 

 

FATO&AÇÃO COMUNICAÇÃO

Assessoria de Imprensa da Confederação Brasileira de Levantamento de Pesos (CBLP)

Atendimento: Nelson Ayres – nelson@fatoeacao.com